
Um pouco longe de casa, sentindo a última tarde de 2010 passar e passando reflexões à beira do abismo da entropia e do vale da conspiração metafísica!










Com o final da copa e a chegada da mais forte frente fria (FFF!) do ano, essa HQ serve como ponto de transição entre esses dois temas no blog, mas principalmente, como reflexão temática para a realidade brasileira atual! é verdade que hoje o nível de miséria nesse país caiu bastante em relação ao que era em 1998, ano em que fizemos e publicamos a primeira versão dela, ainda em preto e branco no gibi Tupinanquim quadrinhos&passatempos n° 0. Mas os problemas sérios relacionados à desiguldade social ainda existem, e hoje são agravados pelas calamidades urbanas e rurais associadas ao excesso de chuvas e outros desequilíbrios ambientais!
Encontrei no meu pc apenas essa penúltima versão da HQ, ainda com apenas 3 quadrinhos mas as cores já digitais. Essa HQ teve uma versão publicada em preto e branco (2008), depois colorida em tinta acrílica, depois essa versão com cores digitais, onde eu atualizaei algumas vezes o texto e postei no fotolog do Tupi. Há alguns dias, já prevendo intuitivamante o frio, comecei a desenhar os dois quadrinhos adicionais, mas acabei demorando um pouco mais na postagem. Essa prática de atualizar e/ou reeditar HQs, pode ser uma coisa bem interessante às vezes; só fica um pouco confuso quando tentamos entender a cronologia dos personagens de quadrinhos com os mesmos parâmetros do calendário da vida real... No meu entender, um personagem só envelhece mesmo quando o que ele representa deixa de ser atual! 
Por aqui, resolvi postar esta página “do meio da segunda parte” da nossa HQ “Craques da década de 2020” como uma prévia, só pra vocês terem uma idéia de que o tempo vai esquentar, e talvez até fechar, no campinho da praça Ângelo Agostini, em Itaquessaba. Mas a HQ completa ainda vai demorar um pouquinho, talvez bastante, dependendo da disponibilidade de tempo pra desenhá-la e da próxima oportunidade de publicação, quiçá seja num gibi ou livro de quadrinhos do Tupinanquim, de papel que, vamos combinar, né, é mais gostoso de ler do que na tela do computador!
Calvin, um menino maluquinho criado pelo americano Bill Watterson em 1985, é um dos personagens que certamente teria esse poder de enxergar e até interagir com outros universos. Dono de uma imaginação privilegiada, é através da fantasia levada a sério(!) que ele reflete sobre as contradições, ironias, tira conclusões geralmente hilárias, mas também sérias e contundentes sobre o mundo dos adultos, que já é, na percepção do autor, um outro universo bem distinto daquele em que vivem as crianças (e alguns adultos) capazes de explorar a imaginação de tal forma! A comparação de Calvin com a Mafalda de Quino é inevitável, já que ambos questionam e ironizam constantemente o mundo dos adultos, diferente por exemplo do clássico 'Peanuts' (Charlie Brown), do americano Schulz, onde os adultos nem mesmo aparecem nas tirinhas! Mas há diferenças importantes, determinadas pelos contextos real e ficcional dos autores e personagens. A Mafalda dava voz às críticas sutis, disfarçadas quando necessário, sobre uma realidade política complicada por golpes militares, repressão, colonialismo cultural vividos pela Argentina e outros países da América Latina nos anos 60 e 70. Ali não há tanta fantasia, e além da personagem central há diversos outras crianças, todas com personalidades diversas e bem definidas. Calvin, por outro lado, vive nos EUA dos anos 80 e 90, o império da indústria do entretenimento, e embora mantenha a linha filosófica de sua antecessora sul-americana, mostra-se mergulhado no mundo fantástico, conversando o tempo todo com seu melhor amigo, companheiro de aventuras, o tigre Harold (Hobbes) que, numa primeira leitura, dificilmente o leitor entenderia como um amigo imaginário, um bichinho de pelúcia transformado pelo poder da imaginação infantil. Mas essas características, ao contrário do que possa parecer, não fazem de Calvin um garoto alienado: a boa reflexão sobre a realidade, afinal, vem associada à fantasia desde as fábulas e mitos presentes em todas as culturas mais antigas!









Olá, pessoal. A imagem ao lado é o nosso cartum do dia de hoje, e um pouco mais do q isso! Ah, não, não houve nenhum erro na diagramação das ilustrações! As imagens estão com essa disposição porque este é o nosso presente para todos os casais de namorados fãs (ou futuros fãs - rs) do Tupinanquim: é um cartão completo, que vc pode imprimir, dobrar e dar para o seu amor hoje ou quando quiser!
Agora é só recortar o lado direito e a parte de baixo em branco. indicamos no desenho uma tesoura, mas para um corte bem reto, estilete e régua funcionam melhor. Se quiser, vc pode colocar um pinguinho de cola no canto inferior direito, entre as dobras q não precisarão ser abertas; mas então cole com o cartão todo fechado, pra não enrugar.Olá, pessoal.
Como a minha animação ta pesadinha e demora um pouquinho pra carregar, e enquanto a Poty e o Tupi cochilam ali se preparando pra entrar em cena, dá tempo de você ler essas curiosidades:
Este post faz parte de um jogo chamado “copa dos blogs” idealizado pelos cartunistas Cléber B. e Wesley Samps. Pra ver de onde veio a bola do nosso desenho animado, ◄◄ volte no jogo através desse link. Pra saber onde ela vai parar, avance no jogo!►►
Sobre o desenho animado:
Bom, eu adoro os bonequinhos buddypoke, do orkut, especialmente porque eles permitiram criar uma versão bem caracterizada do Tupinanquim em 3D, e desde 2008 venho brincando com as imagens e pequenas animações do aplicativo orkuteano. Esse cartum animado, porém, é bem mais complexo, e utilizei os frames (quadros de movimento) de diversas breves animações do aplicativo, editando praticamente quadro a quadro toda a animação, no flash MX (2D). Não foi nada fácil e levei semanas pra concluir essa etapa do desenho; num próximo post mostrarei mais algumas curiosidades de bastidores. Eu disse “essa etapa”, porque vou desenvolver o desenho numa versão mais completa, que será publicada em outro formato de arquivo, no youtube! Como essa versão é bastante curta, achei desnecessário incluir uma “ficha técnica” dentro do desenho, mas não poderia deixar de mencionar os autores da música: ela é uma introdução a uma versão roqueira do nosso hino nacional, e foi gravada no início dos anos 90 por uma banda de garagem chamada Amazon, formada por Marko, Cláudio Aricó (guitarras) e Ronaldo Cardonetti (bateria – informações fornecidas pelo filho do Cláudio, Diogo).
Quero aproveitar e agradecer (e parabenizar) ao wesley, cléber, eurico e a toda a galera que ta participando dessa brincadeira, e por terem incluído o Tupinanquim nessa. O curumim tá super-feliz e, como a todo brasileiro, é impossível não ter alguma expectativa em relação a esse torneio planetário de futebol que começa hoje na África do Sul. Boa sorte e boa arte pra todos nós!!!

Essa é a Potiquitã, irmãzinha do Tupinanquim. Como sabem, o Tupi é um "curumim urbano", menino índio que mora na cidade e preserva a cultura de seu povo; o mesmo, é claro, acontece com a Poty, só que menina índia é cunhantã (ou 'cunhatã', porque a língua Tupi ainda não tem uma ortografia unificada, nem mesmo uma gramática única/oficial, já que são muitas sublínguas provenientes do mesmo tronco). Optei por "cunhantã" porque vem da junção de duas palavras: cunhã (mulher) e tã ou têm (pequeno, jovem), logo, o ‘ã’ anasalado escreve-se em português “an” no meio da palavra precedendo a letra ‘t’: cunhantã! Então a Poty é a cunhantã urbana e logo apresentaremos as outras características e qualidades da personagem; mas já vou adiantar duas delas: além de adorar os animais, ela ama o futebol!!!
Mas hoje, já que comecei a falar na ortografia, vou explanar mais algumas coisas acerca dos nomes que derivam das línguas tupi (nheengatu e/ou tupi-guarani): o nome Potiquitã significa “botão de flor”, registrado como potykytã pelo dicionário do Luiz Caldas Tibiriçá[1]. Em 1998 adotei o nome com a ortografia das letras então oficiais, i ao invés de y e qui ao invés de ky, porque na época y e k estavam fora do nosso alfabeto; mas também porque já tinha criado o personagem principal com o nome
No ano passado tivemos a reforma ortográfica, que readmitiu as letras K, W e Y especialmente para o uso em nomes e em termos de origem estrangeira ou indígena; logo poderíamos adotar um nome como Potykytã sem precisar utilizar o itálico e sem parecer tão estranho para um personagem brasileiro; mas de qualquer forma ficaria diferente do Tupinanquim e, como já são alguns anos de divulgação (ainda que modesta) com essa ortografia, por enquanto manteremos Potiquitã e Poty. É claro que, até o lançamento de uma revista de grande tiragem poderei reavaliar a questão, que fica aberta a opiniões!
E finalmente, vamos ao bichinho de estimação da Poty, o cachorro Pucaxé: sobre o nome, baseei-me no dicionário do Gonçalves Dias [2], que registra pucá xoer = risonho! Logo, pucá xoér > Pucaxé! E ponto final. ... Ou será que podia ser Pucaxó?!!! Rs.
E o porquê de uma menina índia ter como xerimbabo (bichinho de estimação) um cão e não um animalzinho nativo, como um jabuti, papagaio, jaguatirica ou mico como a Tainá?! Porque, como já dissemos, ela é uma cunhantã urbana, e tem acesso às mesmas coisas que todas as crianças da cidade têm. Da mesma forma, o animal de estimação do Tupinanquim é um gatinho, o Nanquim, e ambos, Pucaxé e Nanquim, terão papéis importantes nas aventuras dos nossos jovens heróis tupiniquins!
Até a próxima!



Pessoal, esse é o meu priminho Krwmym, que mora na Amazônia, numa das poucas aldeias que restaram nesse continente, onde ainda é possível viver de um modo semelhante à forma como os habitantes nativos viviam antes da sua conquista pelos europeus. Estas são cenas de uma das minhas histórias em quadrinhos ainda inéditas, intitulada "Choque de culturas", q será publicada no segundo semestre deste ano, impressa, de acordo com o atual cronograma do projeto do meu gibi!
e espanhóis pobres que também sofreram porque não participavam da nobreza nem da realeza. Afinal, hoje, todos formamos o país que luta por sua emancipação moral diante do mundo. Estamos produzindo uma nova cultura, e talvez uma nova etnia, e a participação do índio e do descendente indígena, bem como daquilo que ainda sobrevive ou pode ser resgatado de nossas tradições nativas, é imprescindível nesse processo. Um dia, teremos uma cultura autóctone de novo, e uma raça brasileira, da qual nos orgulharemos muito. Mas o que me enche de esperança é saber que essa nossa cultura e raça brasileira poderá se relacionar pacificamente com todas as outras raças e culturas... a menos que sejamos ameaçados de novo! Nesse caso, que as lições do passado sirvam para nos ensinar a lutar e defender nossas vidas e honra, nossas crenças, tradições, nossas matas, nossa natureza e nossa ciência!
"Todos os índios do sertão de Guarapuava informavam do mesmo modo: os campos do Paiquerê eram os mais belos, amplos e férteis do ocidente, riscados por límpidos ribeiros que corriam sobre brancos seixos para os grandes vales do Ivaí, do Piquirí e do Iguaçu.