Pessoal, esse é o meu priminho Krwmym, que mora na Amazônia, numa das poucas aldeias que restaram nesse continente, onde ainda é possível viver de um modo semelhante à forma como os habitantes nativos viviam antes da sua conquista pelos europeus. Estas são cenas de uma das minhas histórias em quadrinhos ainda inéditas, intitulada "Choque de culturas", q será publicada no segundo semestre deste ano, impressa, de acordo com o atual cronograma do projeto do meu gibi!
Hoje, 19 de abril, é um dia simbólico pra lembrarmos que há alguns séculos o mundo deste lado do Atlântico era diferente, havia nele uma cultura autóctone (mim falar melhor que índio americano em filme do velho oeste!...rsrs); infelizmente, essa cultura não foi respeitada quando chegaram a estas terras os habitantes de um velho mundo, que se dizia mais desenvolvido mas que cultivava a cultura da guerra e da depredação. E não foi apenas a nossa cultura que foi massacrada, todos sabemos disso. Milhões de índios perderam suas vidas pela força, pela doença ou pela miséria causada pelos colonizadores. Pior: isso acontece ainda hoje, quando madeireiros ilegais e grileiros expandem suas áreas de exploração extrativista e agro-pecuária sobre os poucos territórios onde sobrevivem os descendentes das etnias silvículas. Cultural, social e economicamente, ainda somos massacrados por uma sociedade demasiadamente consumista, que explora e aliena não apenas índios, mas talvez toda a população desse país!
É tempo de perdoar erros antigos, mas também de revisar toda a História e recontá-la com a ajuda dos que foram conquistados e escravizados, ou seja, os remanescentes índios e os descendentes de origem africana, dos colonos europeus e asiáticos que foram explorados, dos filhos de portugueses e espanhóis pobres que também sofreram porque não participavam da nobreza nem da realeza. Afinal, hoje, todos formamos o país que luta por sua emancipação moral diante do mundo. Estamos produzindo uma nova cultura, e talvez uma nova etnia, e a participação do índio e do descendente indígena, bem como daquilo que ainda sobrevive ou pode ser resgatado de nossas tradições nativas, é imprescindível nesse processo. Um dia, teremos uma cultura autóctone de novo, e uma raça brasileira, da qual nos orgulharemos muito. Mas o que me enche de esperança é saber que essa nossa cultura e raça brasileira poderá se relacionar pacificamente com todas as outras raças e culturas... a menos que sejamos ameaçados de novo! Nesse caso, que as lições do passado sirvam para nos ensinar a lutar e defender nossas vidas e honra, nossas crenças, tradições, nossas matas, nossa natureza e nossa ciência!
Enquanto caminhamos para a construção desse país soberano, lembremos sempre dos seres humanos que chegaram primeiro, que respeitaram o meio ambiente e com ele conviveram harmoniosamente. E lembremos que graças a Deus (ou a Nhanderú, se preferir!) ainda há muitos deles entre nós, nas matas como o meu priminho Krwmym, nas reservas, algumas bem amparadas e outras muito necessitadas, e nas cidades, como eu, filho de índios que vieram para a sociedade estudar, trabalhar e lutar pela nação que se desenvolve, sem deixar de ser índios. Aqui nos quadrinhos isso é possível, mas não quero ser apenas uma utopia. O Tupinanquim ambiciona uma identidade para o Brasil, e representa os abás, as cunhãs, os curumins e cunhantãs que sobrevivem com os espíritos tupi, guarani, gê, cren, pareci, goytacaz, aruaque, guaycurú, tapuia, pano-kaxinauá, etc; e também os filhos da europa, da áfrica e da ásia que quiserem adotar a condição de ter um coração tupiniquim!
É tempo de perdoar erros antigos, mas também de revisar toda a História e recontá-la com a ajuda dos que foram conquistados e escravizados, ou seja, os remanescentes índios e os descendentes de origem africana, dos colonos europeus e asiáticos que foram explorados, dos filhos de portugueses e espanhóis pobres que também sofreram porque não participavam da nobreza nem da realeza. Afinal, hoje, todos formamos o país que luta por sua emancipação moral diante do mundo. Estamos produzindo uma nova cultura, e talvez uma nova etnia, e a participação do índio e do descendente indígena, bem como daquilo que ainda sobrevive ou pode ser resgatado de nossas tradições nativas, é imprescindível nesse processo. Um dia, teremos uma cultura autóctone de novo, e uma raça brasileira, da qual nos orgulharemos muito. Mas o que me enche de esperança é saber que essa nossa cultura e raça brasileira poderá se relacionar pacificamente com todas as outras raças e culturas... a menos que sejamos ameaçados de novo! Nesse caso, que as lições do passado sirvam para nos ensinar a lutar e defender nossas vidas e honra, nossas crenças, tradições, nossas matas, nossa natureza e nossa ciência!
Enquanto caminhamos para a construção desse país soberano, lembremos sempre dos seres humanos que chegaram primeiro, que respeitaram o meio ambiente e com ele conviveram harmoniosamente. E lembremos que graças a Deus (ou a Nhanderú, se preferir!) ainda há muitos deles entre nós, nas matas como o meu priminho Krwmym, nas reservas, algumas bem amparadas e outras muito necessitadas, e nas cidades, como eu, filho de índios que vieram para a sociedade estudar, trabalhar e lutar pela nação que se desenvolve, sem deixar de ser índios. Aqui nos quadrinhos isso é possível, mas não quero ser apenas uma utopia. O Tupinanquim ambiciona uma identidade para o Brasil, e representa os abás, as cunhãs, os curumins e cunhantãs que sobrevivem com os espíritos tupi, guarani, gê, cren, pareci, goytacaz, aruaque, guaycurú, tapuia, pano-kaxinauá, etc; e também os filhos da europa, da áfrica e da ásia que quiserem adotar a condição de ter um coração tupiniquim!
Tupinanquim
Que o Tupi continue a conscientizar as pessoas que o leem. ótimo trabalho erick!!
ResponderExcluirBeijos
Que o Tupi continue a conscientizar as pessoas que o leem. ótimo trabalho erick!!
ResponderExcluirBeijos
Olá!
ResponderExcluirQue blog maravilhoso!
Adorei,curumim!rssrsrrs
Sensacional a maneira de interagir as culturas em fomra de quadrinhos.
Estou seguindo e adicionarei aos favoritos do meu blog.
Um dos meus sonhos é mapear uma língua indígena.
Grande abraço!
Carol Sakurá
Olá!! Vim agradecer o comentário que foi tão gentil e me deparei com um assunto tão importante!!
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa (novamente), ninguém melhor do que um descendente direto para fazer essa ponte entre os índios e nós, que andamos tão esquecidos de nossa verdadeira origem. E é tão difícil nesses tempos de globalização não ser engolido pela eterna colonização estrangeira!! Precisamos urgentemente conhecer e nos orgulhar de nossa história, e não nos vendermos simplesmente.
Bjos e continue com o belo trabalho!!
=]