10.7.09

o dia em q a terra parou...

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Foi uma bonita homenagem ontem, na televisão... um verdadeiro show, e tiraria meu chapéu (se estivesse usando um) para os produtores. Achei um pouco esquisito que esse show era um velório, de um cara que já morreu há duas semanas, e o mundo meio que parou pra falar dele. Achei legal que não houve muitos desastres importantes nestas duas semanas, parece que as guerras, crimes, acidentes, festas, greves, tudo enfim ficou menos grave. Bom, pelo menos essas coisas pareceram menos graves na televisão, que falou mais no falecido Michael Jackson do que em qualquer outra coisa.

Mas tá, ele era o rei do pop, e rei é rei... Eu pessoalmente gosto mais do Raulzito. Ou do John Lennon, se for pra falar num que cantava em inglês e também foi rei (do ieieiê?!)! Esquisita também essa monarquia no mundo da música. Será que Michael Jackson era parente do Elvis, que era o rei do rock (ou do tchatchatchá, segundo algumas versões... ). Falando nisso, o outro rei , mas esse da jovem guarda e da música romântica brasileira, acabou ficando meio de lado ... afinal, ele ta comemorando 50 anos de carreira e a morte do rei do pop diminuiu seu brilho...

Agora, fala sério. Nunca entendi realmente qual era a do Michael Jackson! Enquanto aqui nos trópicos o povo inveja a pele cor de chocolate e quem é branco fica tomando sol, se bronzeando até com lâmpadas, para pegar uma corzinha melhor, ele fez o contrário: mudou de preto pra branco e ainda reformou o próprio rosto pra tentar afinar o nariz e os lábios, deixar o queixo quadrado... ou seja, negou a própria cor num país onde os negros lutam há séculos por maior igualdade e respeito (e vêm conquistando). Nesse ponto, achei meio estranha a mensagem do Nelson Mandela e a presença dos filhos de Martin Luther King no velório; mas aí disseram que Michael foi o autor da letra da música “uí arde uôrde”, feita pra ajudar os famintos da África nos anos 80, e entendi as homenagens. Mas enfim... o cara foi enterrado (ah, acho q enm foi ainda, né?!), as gravadoras e toda a mídia que falar sobre ele ainda vai continuar lucrando algum... e seguindo essa idéia, até eu to postando aqui minha hq, opinião e homenagem (ainda que não seja assim tão puxa-saco como o resto do mundo)... pra tentar pegar uma caroninha nessa popularidade do falecido, hehehe. Pelo menos, ninguém pode dizer que isso seja humor negro. Desbotado, talvez.

Segue em paz, Jackson’s boy. Na verdade, eu gosto daquelas fotos antigas em que você tinha aquele cabelinho black power... se eu pudesse influenciar o desenhista das minhas histórias, faria o meu colega Zumbi com o cabelo bem naquele estilo... ;)


Tupinanquim

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