17.2.11

Tupinanquim e o ECA

Aproveitando esse período de início das aulas na maior parte das escolas, vou divulgar aqui mais um dos gibis educativos que produzi, na verdade o primeiro com o Tupinanquim, anterior ao gibi sobre os arroios e a um outro sobre o Estatuto do Idoso (que ainda permanece inédito). Antes desse, porém, eu já tinha feito uma HQ educativa com a Princesinha dos Campos Gerais!
Esta revista em quadrinhos foi publicada em março de 2004, produzida por solicitação da Secretaria Municipal de Assistência Social de Ponta Grossa e Fundação Proamor.
Diferente das já habituais "cartilhas" ou mesmo quadrinhos didáticos, optei por narrar uma pequena aventura em quadrinhos, de 12 páginas, com toda a turma do curumim urbanóide e a participação especial da Princesinha dos Campos Gerais, personagem que eu tinha criado especialmente para
falar às crianças sobre as questões do município de Ponta Grossa e portanto não faz parte da turma do Tupi, moradores da cidade fictícia de Itaquessaba!
O principal conflito da HQ resume-se na ameaça, por parte de alguns garotos mais velhos e sacanas, ao direito da turminha de reunir-se embaixo de um imenso jacarandá. Este problema de assédio moral entre crianças, que atualmente é conhecido pelo termo de língua inglesa "bullying", serve de pretexto para a apresentação do estatuto, que vinha sendo estudado pela Princesinha, e para uma curiosa reflexão sobre questões sociais e os direitos dos pequenos cidadãos brasileiros.
A revista, com a HQ em preto e branco, teve tiragem de 30 mil cópias e distribuição gratuita dentro dos programas sociais do município. Em contrato, garanti o direito autoral sobre a HQ, prevendo inclusive a possibilidade de republicá-la, e poderei fazer isso até mesmo num futuro gibi não necessariamente didático, e, quiçá, colorido!
Vou apresentar os personagens da turminha que aparecem na capa: Da esquerda para a
direita, mais atrás estão o Zumbi, a Princesinha, Beta e Wolfgang; à esquerda um pouco mais à frente está o Félix, e por fim o Tupi e sua maninha Potiquitã. Na HQ aparecem outros personagens como o Arenito, a professora da Poty e , especialmente, os "troglossauros" Lauro e Tumba, os mesmos que assediam nossos heróis na HQ Craques da década, que foi publicada online aqui no blog durante a copa do mundo em 2010. Sobre esta questão do "bullying", muito discutida pelos meios de comunicação atualmente, a aventura mostra no final que os autores dessa prática também tem assegurado o seu direito à orientação/educação acerca do convívio social; e a turma do Tupi, com sua diversidade étnica, social e cultural, apresenta nessa HQ importantes exemplos de cidadania.
Obs: A colorização desta capa foi feita pelo artista gráfico e também quadrinhista Israel Moletta.

Veja também o post sobre a edição Tupinanquim e os arroios urbanos de Ponta Grossa!

águas de fevereiro

7.2.11

O aniversário do curumim urbanóide!

O personagem Tupinanquim, com essas características definitivas de “curumim urbano” filho de pai tupiniquim e mãe guarani, tomou forma em minha prancheta no ano de 1997. No entanto passei a considerar como seu nascimento, oficialmente, o dia 5 de fevereiro de 1998, quando ele apareceu em público pela primeira vez numa exposição de quadrinhos no SESI, em Ponta Grossa, e nesse mesmo dia numa matéria no Jornal da Manhã, que apresentou ainda sua primeira tira impressa. De lá pra cá ele ainda não teve suas tiras publicadas periodicamente em nenhum jornal, e a revista em quadrinhos, mensal, bimestral ou trimestral, permanece como sonho e projeto inédito; mesmo assim, ao longo desses 13 anos, ele já teve três gibis, um independente e dois educativos; apareceu em muitos adesivos e cartões produzidos artesanalmente, e diversas histórias curtas e tiras foram publicadas aqui na internet, bem como algumas breves animações. O sonho prossegue e aos poucos projetos mais ousados ganham fôlego e histórias em quadrinhos mais longas, com 8, 12, 20 páginas vão se tornando publicáveis!
Enquanto isso comemoramos mais um aniversários modestamente. A página acima é a primeira de uma HQ apenas iniciada já há alguns anos, e já postada dessa forma em outros “aniversários” do curumim. Em 2007 ela acompanhou uma reflexão sobre as diferenças e semelhanças entre os personagens da ficção e nós, moleques pequenos ou crescidos do mundo real, e convido-os a ler esse texto no fotolog, clicando aqui. Importante ainda lembrar que na maioria das hqs que foram e que ainda serão publicadas, o Tupi tem entre 8 e 12 anos, e que essa magia do personagem de quadrinhos ou desenho animado, de manter-se sempre jovem, é talvez a maneira mais saudável de mantermos vivo e espontâneo piá travesso ou menina sonhadora que existem dentro de nós, alimentando-nos nas aventuras reais em que precisamos, diariamante, não matar leões, como diz certo ditado, mas enfrentar dinossauros e outros monstros muito, muito velhos que nos engolem se não tivermos a fé e a energia de um menino maluquinho ou de um curumim do século XXI!