11.4.10

os arroios urbanos

Bom, depois da brincadeira de primeiro de abril (que homenageou a velha editora Abril e todo aquele seu universo de quadrinhos infanto-juvenis de algumas décadas atrás), vamos falar um pouco sobre os gibis reais e já publicados do nosso curumim urbanóide. Decidi começar justamente pela última publicação impressa, "Os arroios urbanos de Ponta Grossa", por tratar-se de um gibi educativo, q fala sobre o meio-ambiente e a importância da preservação dos arroios e matas ciliares, e também de uma questão importante e atualíssima que é a urbanização dessas áreas.
Nesta aventura, publicada pela Secretaria Municipal de Turismo e Meio-ambiente da prefeitura de Ponta Grossa, Pr, em 2004, o Tupinanquim e seu pai, o Tipuxáua, visitam a cidade de Ponta Grossa para conhecer os arroios, com sua importância, e também os problemas acarretados pelo avanço da cidade sobre essas áreas de grande fragilidade aos impactos ambientais. Em Ponta Grossa eles são recebidos pela Princesinha dos Campos Gerais, apelidada pelo Tupi de "A menina dos olhos d’água do Paraná”, que é também o título da história, e por seu tio Fritz, uma espécie de cientista maluco (ou nem tanto...).
Há muito tempo eu queria fazer uma cartilha ou gibi falando sobre a importância da preservação das margens dos nossos córregos, pois sempre fui apaixonado pelas paisagens naturais da região e já trabalhava com causas ambientalistas numa ONG; também morei, quando criança, perto de um desses arroios que com o tempo foi engolido pela cidade, sepultado em manilhas, concretado. A oportunidade apareceu quando o então governo municipal desenvolvia um projeto interessante, que previa, entre outras coisas, a desocupação das margens desses arroios, relocando, ou seja, oferecendo às pessoas que moravam nas margens (principalmente quando áreas de risco) casas melhores em áreas próximas, porém seguras; e então replantando as matas ou criando áreas de “parques lineares” ao longo dessas margens.
Mas no gibi pudemos falar bem mais do que isso. Na HQ, enquanto os quatro personagens visitam alguns arroios com maiores e menores graus de interferência urbana, os adultos explicam e discutem as questões relacionadas, e nossos jovens heróis ficam fascinados com algumas belezas ainda encontradas e ao mesmo tempo tristes com a degradação do ambiente e os riscos a que as pessoas que vivem ali acabam se submetendo por causa disso.
Os problemas com nossos arroios e com as encostas dos morros, também ocupadas de forma irregular, não acabaram e alguns casos até se agravaram, especialmente nessas épocas de chuvas fortes, quando ocorreram enxurradas, pequenas enchentes, e recentemente alguns deslizamentos de encostas, não tão graves como as tragédias que acabamos de ver no Rio de janeiro, mas mesmo assim riscos às vidas de alguns cidadãos... riscos que poderiam ser evitados se os problemas sócio-ambientais fossem tratados com seriedade por todos os governos, e a educação ambiental fortalecida. E isso, claro, deve acontecer em todas as cidades do nosso país! A nossa grande esperança ao trabalhar temas educativos com os personagens de quadrinhos, destinados à infância e à juventude, é que um dia as mensagens que nossos pequenos heróis da ficção estão transmitindo sejam de fato praticadas pelos cidadãos e quiçá heróis da vida real.
(páginas 9 e 10. clique sobre elas para ampliá-las)

3 comentários:

  1. Finalmente, uma iniciativa de educação ambiental e até mesmo de planejamento urbano. quero olhar esse gibi do tupi em? (:

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  2. certamente, anne! tambem fiquei feliz ao saber de seu TCC sobre o tema. vamos trocar figurinhas... usando uma expressão light para um tema seríssimo!

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  3. Anônimo8:50 AM

    Thanks :)
    --
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